É com muito prazer (ou pesar) que eu tenho a honra de descrever a pior situação de ônibus que eu já passei em toda a minha vida.
Hoje, quarta-feira, 23 de janeiro de 2013, estava eu no meu trabalho, no Centro Administrativo da Bahia - CAB, apenas contando as horas para dar o fim do expediente. Olhei na janela, uma chuva torrencial caía lá fora, mas pensei comigo "ainda bem que tá chovendo, depois desses dias todos de sol escaldante... o que é uma chuvinha, né?". E foi querendo responder essa minha pergunta que Deus, Alá, Osíris, Ganesha, Odin ou -insira outra divindade aqui - fez com que eu passasse por tudo que passei hoje.
Deu 17:30h, horário que saí do trabalho, encarei aquela chuva que continuava muito intensa e, sem me importar muito, coloquei meu casaco (sem capuz, infelizmente) e corri em direção ao ponto de ônibus (fim de linha do CAB). Nessa corrida, obviamente encharquei meu casaco, meu tênis, minha meia, meu cabelo (grandes merda), mas tudo valia a pena porque finalmente eu estava no meu ponto, muito mais perto de chegar ao meu lar. Engano meu, claro.
Peguei meu ônibus (Estação Pirajá - CAB), como de costume, e sentei no fundo. Como também é de costume, ele lotou quando chegou no ponto do Supermercado Extra da Paralela e foi lá mesmo que ele ficou, quebrado. Sim, meus amigos, uma chuva torrencial caindo e eu, sem guarda-chuva, tendo que descer de um ônibus que quebrou no ponto mais caótico da Avenida Paralela. Mas tudo bem - pensei - logo mais estaria em casa (outro engano, obviamente).
Depois do ocorrido, peguei um ônibus Engomadeira (entrando pela frente, já que tinha pago a passagem no outro coletivo) e fui até o fundo do ônibus, como de costume. Por sorte, consegui encontrar um lugar vago no fundo (muita sorte mesmo, para compensar todas as desgraças que ainda estavam por vir) e me sentei. O ônibus entrou no Doron e, no segundo ponto, o ônibus que eu estava passa com tudo por cima de um buraco que cabia mais de 5 penteadeiras. Adivinha? Sim, meus caros, ele quebrou!
Eu sabia que um dia isso ia acontecer, tava tudo dando muito certo na minha vida, não é do feitio de Murphy deixar barato, ele tem que balancear os acontecimentos do universo. Pois estava eu, dentro de um ônibus quebrado, no meio de uma tempestade bizarra, esperando outro ônibus que me levasse até em casa (e que dessa vez tivesse armação de adamantium porque olhe, papel não é um material tão bom pra construção de buzú - ALÔ, ENGENHEIROS!).
Finalmente chegou um buzú. Um não, dois! Veio um outro Engomadeira e um Cabula (sim, existe esse ônibus), que é da Estação Mussurunga. Só que, diferentemente dos outros que eu tinha pego, nesses não existia a mínima possibilidade de eu sentar em algum local (nem no vão do meio, nem na escada, nem no colo do cobrador). Eu, guerreiro e apressado pra ir embora, fui em pé no último degrau da porta do fundo, pendurado com apenas uma mão em um ferro da porta (que estava impossibilitada de fechar). Acabou por aí? Claro que não. Repetindo: foi a minha pior história de buzú! Essa ida no fundo, pendurado na porta, acarretou outros fatores: como as ruas estavam todas alagadas, a roda do ônibus, ao girar, jogava lama da rua aonde? NA MINHA PERNA, CLARO (sdds leptospirose). Como se não bastasse o contágio gratuito, ainda caía uma água misteriosa do TETO do ônibus, provavelmente era proveniente das goteiras das casas das pessoas que batia em cima do ônibus e caía no meu rosto (<3). Tentava limpar com o casaco (que também estava molhado de água contaminada de sei-lá-onde), sem sucesso. Sério, eu queria muito ter como tirar uma foto minha naquele momento, certeza que iriam me valorizar mais como pessoa e como profissional.
Esse ônibus quase conseguiu fazer o trajeto todo. Sim, QUASE. Ele subiu a Narandiba normalmente mas, chegando no Hospital Roberto Santos (sdds histórias do com Roberto Santos), chegou um engarrafamento muito horrível. Na minha contagem, foram 27 partidas de Jetpack Joyride e 5 fases de Candy Crush, o que daria uns 40 minutos, APENAS para andar a distância de 01 (UM) ponto a outro. Obviamente só aguentei porque estava jogando no celular.
Como eu já estava sem saco, agoniado porque tava todo molhado (ui), com leptospirose iminente e minha bateria do celular acabando, resolvi descer do ônibus e andar até minha casa. Estou eu andando tranquilamente (nem tanto, porque tinha começado a chuviscar e né? Não queria pegar OUTRA chuva) indo para a minha casa, quando eu chego em frente ao Bompreço e *BOOOM* TUDO, sim, TUDO ALAGADO. Era uma espécie de lago urbano em frente à entrada do Hiper Bompreço. Tive que atravessar a rua, semi-mergulhado no lago (outra leptospirose - inclusive remédios serão tomados) pra poder conseguir chegar em algum local seguro, no caso, o meu bairro (quando eu chamo o meu bairro de seguro é porque a coisa foi realmente feia).
![]() |
| Bompreço alagado <3 |
E foi essa a minha história. Saldo: cheguei em casa com prováveis doenças infecto-contagiosas, encharcado e sem bateria no celular. Pelo menos isso serviu pra uma coisa: a vida me mostrar que nada tá tão ruim que não possa piorar e, quando você pensa que já tá no máximo do pior, ela piora um pouco mais. Como tudo tem um lado bom, esse caso rendeu essa história que vocês estão lendo e, provavelmente, fizeram vocês rirem da minha desgraça (até eu to rindo um pouc... passou).
É isso.
[PS.: Pra piorar tudo, no último ônibus que eu peguei, enquanto estava cheio, tinha uma menina de crocs rosa (nada contra rs, até tenho amigos que usam) que ficava roçando um boné de memes (tudo contra) na minha cara. Assim, um boné de memes já não é ok, mas era um boné PRETO com os memes em BRANCO. É tipo levar a bizarrice orkutiana ao next level. Isso porque eu não quero citar o cabelo dela cheio de creme e molhado (!!!!!) que eventualmente tocava na minha boca e eu, sem querer lambia os lábios )))))))))): .01 opinião: moça, se você não é frentista, NÃO USE BONÉ pfvr]
[PS.: Pra piorar tudo, no último ônibus que eu peguei, enquanto estava cheio, tinha uma menina de crocs rosa (nada contra rs, até tenho amigos que usam) que ficava roçando um boné de memes (tudo contra) na minha cara. Assim, um boné de memes já não é ok, mas era um boné PRETO com os memes em BRANCO. É tipo levar a bizarrice orkutiana ao next level. Isso porque eu não quero citar o cabelo dela cheio de creme e molhado (!!!!!) que eventualmente tocava na minha boca e eu, sem querer lambia os lábios )))))))))): .01 opinião: moça, se você não é frentista, NÃO USE BONÉ pfvr]
![]() |
| TIPO |


RI MUITO QUANDO O SEGUNDO BUZU QUEBROU. MUITO AZAR PRA POBRE É POUCO, VIU... MISERICÓRDIA
ResponderExcluirVéi, sempre imaginei esse momento em que o buzu quebra duas vezes. Tá amarrado em nome do senhor.
ResponderExcluirkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
ResponderExcluir